domingo, 15 de fevereiro de 2015

Nas Ondas!

Não consigo mais surfar na onda do som...
A pedra que arrasto, é por demais, pesada...
A pedra, de onde salto, é por demais, alta...
Saltando, não alcanço as ondas...
O som é descontinuado...
A luz é tênue, é frágil...
Não vence o vento, nem o som...
A luz se perde da altura das pedras...

Na prancha, que é lisa...
Carrego o peso da pedra que arrastei...
E caio!

De uma imensidão de altura alucinada...
Pontas de raízes passando durante a queda...
Na frente dos olhos do poeta que cai...
E a água da chuva, que o som faz vibrar...

E o soluço de choro da morena faz acordar...
Acordar no meio da queda, que não se acaba...
O toque da mão dela, traz de volta a realidade...

A cama macia...
Sem pedras cortantes, pesadas...
Sem saltos, sem surf, sem som...
E a luz ainda é tênue, é frágil!!!

Imenso abraço, Paulo César Pacheco, 14-02-15!







sábado, 31 de janeiro de 2015

Impostos!

Pago impostos para ter segurança, mas já tive minha casa roubada,um carro roubado e, em alguns lugares minha cidade, quem nem é cidade grande, não tenho segurança de andar nem durante o dia. O escuro da noite, mais ainda me amedronta. Pra evitar que minha casa seja roubada, tive que aumentar o muro, colocar alarme e cerca elétrica. No carro, alarmes e trancas melhores, além do seguro, que me custa uns bons reais por ano.

Pago impostos pra ter justiça, mas tenho um processo parado na justiça federal desde 2009, aguardando uma decisão da segunda instância, embora já tenha jurisprudência, no STJ que me garante ganho de causa. Minha mãe tem dois processos em condição semelhante, há décadas, mesmo ela tendo já, quase 80 anos de idade.

Pago impostos pra ter infraestrutura, mas ando por estradas e ruas esburacadas, mal construídas e mal mantidas, que danificam meu carro, causando insegurança e despesas. Na minha cidade, vejo sujeira e abandono por todo lado. Vi patrimônio público sendo sumariamente destruído. Além do que, vejo os sistemas de fornecimento de água e energia à beira do colapso. Mesmo considerando que os governantes não têm poder para definir quando e onde vai chover, eles foram, e são responsáveis pelo caos, uma vez que trataram e ainda estão tratando politicamente as poucas reserva que ainda temos.

Pago impostos pra ter saúde, mas tenho que pagar também um plano de saúde, pra ter dignidade no atendimento. Vejo pessoas ficando sem remédios que deveriam ser distribuídos pela rede pública. Vejo pessoas aguardando atendimento por um atendimento precário, no pronto socorro, sem o mínimo conforto, sem o mínimo respeito, mesmo tendo um prédio novinho semi-acabado a cinquenta metros de distância.

Pago impostos pra ter educação, estudo em faculdade pública, mas quinhentos mil alunos tiraram zero na nota da redação do ENEM... Preciso de mais argumentos?












terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eleições 2008.


Eleições 2008.

             Há muito tempo, penso participar da política na minha querida cidade de Formiga. Mas não achei um único partido que tenha uma ideologia que coincida com a minha, fato este, que impede claramente que eu concorra a qualquer cargo eletivo. Uma vez que, para tal, precisaria estar filiado a algum destes partidos. Pensei então num outro jeito que eu  pudesse contribuir para melhorar nossa representação. Será que a única maneira que tenho de participar então é com meu voto? Acho que não. Posso contribuir financeiramente para a campanha de alguns candidatos. Pensando assim, decidi escolher quatro candidatos a vereador e um a prefeito que terão, alem do meu apoio, minha contribuição financeira. Claro que como minha única fonte de recursos é lícita, minha contribuição também será lícita, devendo ser lançada na contabilidade de cada comitê de campanha, pois a lançarei na minha próxima declaração de renda.  Também deixo claro que o valor dessa contribuição será de exatos dez reais por candidato. O limite de tal montante se deve ao fato de uma soma maior certamente provocar um baque na minha contabilidade mensal já tão combalida. Isso posto, gostaria também de dizer que tal contribuição está sujeita à aprovação do candidato em um teste sobre política, ética, cidadania, conhecimentos gerais, etc... Ressalto que busco apenas achar candidatos que mereçam meu apoio, portanto são questões que eu acho de relevância para um bom desempenho político.
               Primeiro gostaria de saber sobre teoria política. Portanto gostaria que o candidato definisse com suas próprias palavras algumas expressões, a saber:
1 – Democracia
2 – Estado de Direito
3 – Nepotismo
4 – Clientelismo
5 – Fisiologismo
6 – Estado Laico
7 - Ideologia
               Falemos agora sobre a ideologia:
1 – Qual a ideologia de seu partido?
2 – Qual a importância da ideologia para você?
3 – Você participa das decisões de seu partido?
4 – Qual a função da Igreja no Estado?
              Sobre os Três Poderes:
1 – Qual a função de cada poder?
2 – Qual a função de um deputado especificamente?
3 – Entre as funções, qual a principal?
4 – E de um vereador?
             Sobre cidadania e ética:
1 – Você apoiaria um deputado corrupto que trouxesse verba para nossa cidade?
2 – Você acha correto um político dar uma cadeira de rodas a um eleitor? E cimento?
3 – O que você acha do salário dos vereadores, é justo?
4 – Como você negociaria com a oposição algo de interesse da comunidade cuja idéia não tenha sido sua ou de alguém do seu partido?
5 – Qual a sua opinião sobre dois fatos relevantes recentes, publicados nos jornais? Quaisquer fatos.
6 – Qual a sua atuação se um filho seu for preso em flagrante por um crime qualquer?
             Por último, quem for aprovado neste teste acima, quero que leia um texto publicado numa revista ou jornal e, de próprio punho faça uma analise do assunto pra mim. Sem mais, quem for aprovado ganha minha contribuição de campanha.
Grato, Paulo César Pacheco, 21/08/2008
paulomg43@hotmail.com

domingo, 29 de julho de 2012

A inveja!


A Inveja!
           Os pecados capitais  o jeito de a igreja católica trazer para a vida real seus ensinamentos. Tentar ela, através de seus conceitos, criar regras para uma vida medieval, até então, sem muitas regras, o que era extremamente prejudicial à sobrevivência, tanto de aldeias quanto de reinos. Senão, vejamos: a gula pode ser entendida como o desperdício de comida; a avareza é o não compartilhamento daquilo que lhe sobra; a luxúria é a busca do prazer desmedido; a ira é a briga por causas desnecessárias; a inveja é o interesse pelo que é do outro; a preguiça é a não participação no esforço da comunidade; a vaidade é a valorização de seus próprios dons além do certo. Isso dito, claro, de bem grosso modo. Dentre esses, acho que tenho dívidas impagáveis em relação a alguns. Da gula, da preguiça e da luxúria, por exemplo, como brasileiro que sou, tenho várias contas acertar. Da vaidade, da ira e da avareza, acho que nada carrego comigo. Penso que nesses, passo de liso no acerto. A inveja merece um estudo separado.  Penso que existem dois jeitos de se defini-la, mesmo nunca tendo lido sobre essa divisão e sabendo que na definição real ela não exista, acho que ela pode ser construtiva ou destrutiva.
         Para começar, vamos partir de um princípio que tenho como mote: qualquer um pode e deve querer melhorar, aprimorar, ter mais posses e uma vida mais confortável e segura. Fazer isso, mesmo que mirando nos exemplos de outros é completamente saudável e natural. Entretanto, a felicidade não pode nunca estar no futuro, dependendo de algo mais a ser conquistado. É preciso que cada um seja, a princípio, feliz com o que tem. Conquistar algo é bom, de fato, mas não pode ser essencial para que alguém se sinta feliz. A felicidade, quando dependente de conquistas futuras, nunca chegará, sempre faltará algo.
         A igreja define a inveja só pelo jeito destrutivo de ver. É o querer desmedido pelo que é do outro, pelas suas conquistas, pelo seu status, o invejoso é um idiota que se preocupa mais em derrubar o outro que em crescer. Se, na idade média, era essencial que fosse considerado um pecado e tanto, porque destruiria muito do que as comunidades construíam, hoje é algo quase que propagandeado nos meios de comunicação, embora seja tão pernicioso ou mais que antanho. Você só será feliz se tiver algo que outro tem.  Isso faz com que os limites sejam, digamos, alargados. Quero tanto o que o outro tem que, para tê-lo, posso tranquilamente passar por cima dele. Não podendo, entretanto tê-lo, prefiro destruir tudo que ver outro com a posse. Normalmente as pessoas que invejam, destroem quem está perto delas. Na intenção de competir pela posse, são sempre sorrateiros, amigos (falsos é claro). Se meu irmão ou amigo tem empresa, carro do ano, relógio de marca e eu não consigo, prefiro vê-lo perder tudo, e farei o que for possível, para que ele perca. Se for feliz, se tiver família, paz, isso dói em quem nutre o sentimento de inveja. O simples fato de entrar numa disputa com tal sentimento faz com que já se entre perdendo.
          O outro modo que proponho, é o do exemplo: invejo tal amigo, gostaria muito de “também” conseguir o que ele conseguiu. O “também” está entre aspas porque faz total diferença. Tenho o outro como exemplo, como norte a ser buscado. É fácil imaginar que quem busca se comparar a alguém, não busca destruí-lo, pois o admira. É também fácil supor que a felicidade não está inclusa nessa conquista, ela já existe.
         Tudo isso posto, penso que não tenho acertos com relação à inveja para complicar minha prestação de contas no dia do juízo final. Não que eu não tenha invejado amigos, ou famosos ou outras pessoas anônimas. Tive e tenho inveja. Invejo quem é fluente em vários idiomas, invejo quem é versado em muitas culturas. Invejo que já viu o por do sol ao lado da Esfinge no Cairo. Invejo que já passeou pelo museu do Louvre em Paris, quem esteve na Biblioteca do Congresso Americano, quem já passou pelo encontro das águas em Manaus, quem conhece as muralhas da China, quem já passou pelo Big Ben em Londres ou pelo Museu Hermitage, em São Petersburgo. Invejo que já fez uma viagem pelo Saara, quem entendeu seus mistérios, a cultura de seu povo. Invejo quem já viu a Terra do espaço, que já foi à Lua, mesmo sabendo que para esses dois, por faltar-me coragem, para tentar que seja, invejo-os mais ainda. Invejo quem tem um currículo, tipo, doutor nisso, doutor naquilo, professor da universidade tal, pesquisador de tal coisa. Invejo quem escreveu os melhores livros, os melhores artigos, quem pintou os grandes quadros, compôs as grandes músicas que eu gosto. Invejo quem conseguiu na vida ser respeitado e eternizado pela sua obra, quem passou incólume pelo sistema corrupto que temos. Invejo quem consegue salvar vidas, construir coisas. Invejo quem foi ou é importante para a humanidade, por seus estudos, suas idéias. Invejo os bombeiros, que salvam vidas e, por isso, são ovacionados após cada conquista.
        Não invejo definitivamente, quem tem uma Ferrari, não que eu não gostasse de ter uma, claro que gostaria. Apenas, o fato de não ter uma Ferrari, não me faz a menor falta. Não invejo quem viaja à Paris ou Miami ou Nova Iorque apenas para fazer compras nos shoppings e nas lojas de grife. Acho uma futilidade absurda, nada há que se compre em Nova Iorque ou Miame, que não se encontre no Rio ou em BH ou São Paulo. Minha felicidade não depende disso.
       Quis mostrar com esse texto, que a inveja pode estar entre os sete pecados capitais como também ser vista fora deles, como algo que fez, e faz muita gente lutar e conseguir melhorias, sem prejudicar outras pessoas. Alguns podem dizer que essa inveja construtiva é simples admiração. Não é. Ou pode ser. Quem sabe ao certo? Cada um pode e deve pensar a respeito. Para despertar esse pensamento é que escrevo.

Um abraço, Paulo César Pacheco!

sábado, 28 de abril de 2012

O poeta!

O poeta!

A lucidez e a insanidade brigam na cabeça do poeta.
Diuturnamente escrevem a poesia da sua vida.
Uma escreve os versos rimados, dos dias lúcidos.
A outra os faz abstratos, sem sentido, disformes.
São os que marcam os dias insanos.
O poeta sobrevive já sem entender ao certo, 
Quando é lúcido ou quando é insano.
Luta para que o lado lúcido prevaleça.
Confuso, não sabe mais ele, ao certo, 
Para qual está lutando. 
Não sabe mais quando o verso é lúcido,
Nem imagina quando é abstrato.

Um abraço, meus amigos!!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Baixo Clero


Baixo clero.
                  Essa semana os políticos do baixo clero do PMDB ameaçaram colocar o governo nas cordas. Chantagem mesmo! O pior, é que essa chantagem não é só contra o governo, é também  contra as lideranças do partido, que, segundo eles, tem vantagens também, só não as repassa para a base do partido. Ou seja, os caciques do partido estão negociando o voto dos colegas e não estão repassando as vantagens conseguidas. Segundo eles, o PT está tendo vantagem na distribuição de verbas e cargos, o que pode lhes dar vantagens na eleição desse ano. O que tiraria do PMDB o título de partido com o maior número de prefeitos. Para mostrar sua força de persuasão, os senadores do PMDB votaram, para começo de conversa, contra a recondução do Sr Bernardo Figueiredo para a direção da ANTT. Ele havia sido indicado pela própria Presidente Dilma. Votar contra ou a favor de qualquer projeto, indicação, o que quer  que seja, de acordo com sua consciência, é a função de cada parlamentar. A princípio, sou contra o voto negociado pela liderança de cada partido, creio que o certo, é que todas as votações fossem nominais e feitas no plenário. Os partidos devem entrar com a ideologia, ou seja, a regra geral que teria a força de aglutinar os parlamentares filiados a ele.
                 Como no Brasil não temos partidos políticos, e sim vários ajuntamentos de pessoas em torno de siglas sem sentido algum, cada sigla com seu interesse e, dentro delas, cada parlamentar também com seu interesse individual, ao invés do interesse coletivo, vemos essa chantagem. É muito difícil falar em democracia, quando as leis que nos regem são debatidas por alguns deputados e senadores, líderes de bancadas, os caciques de cada partido, e quando os debatem não visam o que o projeto causar de bem ou de mal, simplesmente mandam sua base, ou o baixo clero, votar contra ou a favor, de acordo com seus interesses eleitorais (não ouso dizer que haja outros interesses menores ainda rsrs...). O grande restante, nem sabe que sua função é debater leis, projetos, orçamentos, aplicações dos nossos impostos. Eles acham mesmo que estão lá apenas para representar suas regiões, seus prefeitos, em busca de verbas melhores que seus adversários. Não há escrúpulos, não há ética. É simplesmente assim: vocês congelam as verbas que nos prometeram e nos votamos contra. Não queremos nem saber quais as conseqüências das leis que criamos ou reprovamos. Se não nos dão as verbas, criamos dificuldades para vocês. É um jogo sujo, em que às vezes o governo é refém noutra é chantageador. Promete verbas, consegue votos, depois congela as verbas, e vai negociando a conta gotas, com o baixo clero. Os caciques, bem, esses nada têm contingenciados, pois, como líderes, são influentes. Não existe lealdade, promessas de lealdade são feitas em troca de favores e são descumpridas de acordo com o lado para o qual o vento toca. Quem oferece mais, leva a “lealdade” momentânea.
                   Não melhoraremos nosso país enquanto não tivermos leis boas. Não teremos leis boas enquanto não tivermos bons legisladores. Não teremos bons legisladores, enquanto votarmos em troca dessas verbas, desses favores. Só melhoraremos a qualidade do poder legislativo, o mais importante da República quando votarmos como cidadãos preocupados com o país todo e não com nosso estado, nosso município, nosso bairro.
Um abraço, Paulo César Pacheco.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Butecologia!


Butecologia!!

                   Quando ouvi a música “Eguinha Pocotó” achei que seria o fundo do poço, que nada poderia aparecer pior do que aquilo. Realmente, acho que não surgiu nada pior nesses poucos anos, mas, na mesma condição, apareceram muitas, não tem como dizer qual é pior. Surgiu um funk, há alguns anos em que uma moça – Tati Quebra Barraco – dizia que a marca de fogões Dako era boa, teve outra moça dizendo que a b... é dela e por isso faz com ela o que quiser. Alguns axés, alguns sertanejos imbecis – o pior é que os caras dizem que é universitário. Tem ainda a Banda Calipso com a Joelma e sua voz horrível. Teve aquela do Crosfox, tem o Luma Santana, tem um tal de Gustavo Lima, com o seu “tche, tcrererê, teche, tchê...”. Tem os grupos de pagode, Vocês se lembram de uma música de pagode, em que o cara, feio prá caramba, dizia “Vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo...”. Quase me esqueço do Michel Telô e sua ofensa à música brasileira.
               Pois bem, hoje ouvi uma que, sem dúvidas, é do mesmo nível da “Éguinha Pocotó”, se bem que acho que, nesse nível, estão todas. Essa de hoje, é de uma dupla, chamada João Carreiro e Capataz e a música é a “BUTECOLOGIA”. Não vou descrevê-la, achei-a uma ofensa. Peço aos amigos que a procurem e ouçam. Depois comentem aqui.
              Tenho dito e escrito aqui, que nossas chances de fazer desse lamaçal de sociedade em que vivemos, num país decente, são cada vez menores. Ouvindo um lixo desses, dá vontade de desistir.

Um abraço, Paulo César Pacheco, 02/03/12.